Pode
uma meada cortar o medo
na
estrada do frio perdido,
deixando
a mágoa do fino dedo
segura
no futuro ido?
Pode
uma meada abraçar o desconforto
na
língua de um sufocado grito,
alimentando
a revolta do olhar morto
envolto
em mármore escrito?
Pode
uma meada prender a alma
na
sala vazia da decisão,
criando
o fardo da palavra calma
no
arrasto do egoísmo da razão?
Pode
uma meada acariciar a perda
no
fogo da cega rebeldia,
acalmando
o repúdio que deserda
a
dança da esperança baldia?
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