Perante
a falta do que me estabiliza
sinto-me
cada vez mais acorrentada a incertezas
que
me envenenam o sangre que agoniza
quebrando
por terra todas as minhas fortalezas.
Tempos
inglórios estes que nos massacram
deixando
a alma simplesmente dorida,
num
turbilhão de ventos que nos devoram
para
nos deixarem cruelmente a vida sofrida.
Estou
perdidamente seca de mim,
seca
da esperança que me vestiu um dia.
Resta-me
encontrar um fim
para
não cair na falsa covardia.
Preciso
abrir a janela da prisão
a
que a minha mente me obrigou.
Tenho
como consolo uma vil solidão
que
o teu fascinante amor ainda não desligou.
Estou
no meio de um combate desigual
daqueles
que de horrores fedem
sem
nunca haver memória igual
de
tais coisas que me pedem.
Adormecida
num monte de espera
carrego
um fardo pesado demais.
Largo
lágrimas que nem a confiança supera
para
depois cair em dúvidas abismais.
Sonho
queimar a chuva de injustiça,
combater
a ainda... a ainda... medonha espera,
olhando
para o teu olhar que me atiça,
que
a minha alma arruinada recupera.
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