quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Frágil

Sinto-me frágil porque te tenho nos meus braços
e assim perco a noção de mim e do meu ser
porque me tomas como vida.

Sinto-me frágil porque já não sei como te amar mais,
como te dar mais do tudo que te dou
porque mais está para além do que posso dar.

Sinto-me frágil porque não respiro quando me olhas
com aqueles olhos com que me aqueces nas noites solitárias,
solitárias do tempo porque ele pára somente para nós.

Sinto-me frágil em cada sorriso que me dás quando me beijas,
e, fico assim, rendida e perdida, no teu calor
porque ele cala o meu medo mais frio.

Sinto-me frágil quando saboreias palavras ao meu ouvido,
levando-me a magia das batidas que provocas num coração de Lua
porque tu és a estrela que brilha na minha face oculta.

Sinto-me frágil quando me mimas no teu regresso,
fazendo-me distrair nos teus prados cheios de encantos
onde semeias as pétalas com que floresço.

Sinto-me frágil quando acerto o passo no teu caminho,
como marcas já estudadas pelo destino artista,
que nos faz encontrar o mesmo traço invisível,
aquele traço que nos une
cada vez que nos tocamos fervorosamente no nosso mundo.

2 comentários:

  1. quando estou só, é que devo me sentir multidão;
    quando estou triste, é que devo buscar a alegria;
    quando estou frágil, é que devo me sentir forte;
    quando estou desvinculada, é que devo traçar uma ponte.
    Viver não é fácil.
    Mas onde estava escrito que seria, não?

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  2. Viver é navegar em contradições ;-) Beijokas Rita!

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