(primeira parte aqui)
O teu despertar surpreende-me e não sei o que fazer. Montei-te, peça a peça, e jamais imaginei que tivesses vida.
Os teus olhos não param de cravar um desejo que me interroga.
Afasto-me assustada com o que criei mas, tu, repentinamente, esticas um braço e agarras-me pelo pulso puxando-me.
Largo um gemido de dor que nada faz perante a expressão do teu rosto. Quero libertar-me mas a tua outra mão prende-me definitivamente contra ti.
Calas-me o grito com um colar de lábios que faz desistir o resistir.
Montei-te, peça a peça, criando-te e nada sei de ti.
Não consigo dizer não.
Queremo-nos. É escusado negar ou tentar contrariar.
Agora és tu que me despedaça em peças.
Desmontas-me com cada passagem da tua mão pela minha pele, pelos meus recantos mais secretos.
A cabeça já está longe, perdeu-se em pensamentos e ordens de um corpo rendido.
Mais abaixo, peito, braços, separados por cada aperto teu.
Já não sei por onde o resto de mim anda.
Estou perdida, louca, fechada, banhada, aterrorizada, colorida, saciada, revoltada, adormecida...
Deixo-te fazer tudo com todas as minhas peças.
Paras sem parar de me olhar nos olhos.
Peça a peça constróis-me de novo.
Largas-me e eu apenas consigo dizer:
... Não me deixas alternativa... continuas a ser um puzzle para mim.
O teu despertar surpreende-me e não sei o que fazer. Montei-te, peça a peça, e jamais imaginei que tivesses vida.
Os teus olhos não param de cravar um desejo que me interroga.
Afasto-me assustada com o que criei mas, tu, repentinamente, esticas um braço e agarras-me pelo pulso puxando-me.
Largo um gemido de dor que nada faz perante a expressão do teu rosto. Quero libertar-me mas a tua outra mão prende-me definitivamente contra ti.
Calas-me o grito com um colar de lábios que faz desistir o resistir.
Montei-te, peça a peça, criando-te e nada sei de ti.
Não consigo dizer não.
Queremo-nos. É escusado negar ou tentar contrariar.
Agora és tu que me despedaça em peças.
Desmontas-me com cada passagem da tua mão pela minha pele, pelos meus recantos mais secretos.
A cabeça já está longe, perdeu-se em pensamentos e ordens de um corpo rendido.
Mais abaixo, peito, braços, separados por cada aperto teu.
Já não sei por onde o resto de mim anda.
Estou perdida, louca, fechada, banhada, aterrorizada, colorida, saciada, revoltada, adormecida...
Deixo-te fazer tudo com todas as minhas peças.
Paras sem parar de me olhar nos olhos.
Peça a peça constróis-me de novo.
Largas-me e eu apenas consigo dizer:
... Não me deixas alternativa... continuas a ser um puzzle para mim.
Rasga-se a vida, remendam-se as saudades quebradas, as ausências temidas, os pedaços perdidos.
ResponderEliminarAh, que poesia, a sua!
Beijo, querida marciana!
'brigada Rita .-)
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