Neste
mar de desassossego com que reinas nas minhas ondas,
és
tempestade que amaina meus ventos ferozes,
jugular
perdida de saudades moribundas,
calma
que exalta a minha alma de vozes.
Abraças-me
no desassossego da tua frágil carência,
nos
passos que dás para me acalmares como só tu sabes,
perito
no esconder da tua rica abundância
aquela
que me engrandece e que não quer que acabes.
Nos
corpos juntos e afastados pela vida,
choramos
momentos e em sonhos sangramos,
esquecemos
tormentos e beijamos a pausa atrevida
no
desassossego do coração que partilhamos.
Ávidos
de promessas que tanto fazemos agarrados,
não
deixamos esquivar o que tão bem precisamos.
Em
desassossego insolente, corremos vestidos mas rasgados,
nas
ruas das vidas dos outros e por fim descansamos.
Neste
retorno ao passado que jamais pensei voltar,
roubo
de ti o desassossego na entrega poderosa,
chorada
e louvada nas recusas de simplesmente aceitar
mais
uma vida vazia, plana e nunca calorosa.
Muito bom! Estou rendido!
ResponderEliminarE vai haver a 3ª e ultima parte do desassossego ;)
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