Uma das vistas mais fascinantes que tenho o privilégio de admirar cada vez que me aproximo da Terra, é o captar da sua beleza no espaço.
O 3º calhau a contar do sol (tirei este nome de uma série da TV baseada nuns conhecidos meus de uma outra galáxia mas isso não interessa nada para o assunto) é absolutamente deslumbrante, único de todos os planetas que conheço.
É meu hábito parar na Lua para ficar a admirar este vosso belo planeta.
E é nessas ocasiões que interrogo porque será que os seus habitantes o destroem dia após dia como se ele fosse inesgotável.
Sim, leram bem: eu disse d e s t r o e m.
O sentido de posse e egoísmo latente nos terráqueos origina uma corrida a tudo que dê poder ou ostentação e o resultado é a exploração desmedida dos recursos naturais sem respeito ao presente e muito menos ao futuro.
"Não é comigo" dizem, "Não é problema meu!" exclamam, "Isso é um exagero" inventam, "Vou fazer e isto não muda nada" resmungam, "Isto vai melhorar" pensam...
Mas nada disto é verdade.
É tudo convosco, é problema vosso, não é exagero, fazer muda sim e isto não vai melhorar.
Nas várias etapas da dita evolução humana (eu não vejo grande evolução, e tenho aqui as antenas a concordarem), os terráqueos esqueceram-se de um pormenor muito importante: não têm para onde ir quando a Terra se tornar inabitável.
Estão presos neste planeta.
P r e s o s.
A tecnologia que dominam ainda não é suficientemente poderosa para o transporte de populações pelo espaço e muito menos para a sua manutenção. Há que pensar no combustível, na alimentação, no ambiente interior e exterior, na saúde e na higiene.
Já alguém reparou que no espaço, na ausência da gravidade, não se consegue tomar banho?
Aahhh mas há Marte, dizem os cientistas e visionários (adorooooo esta vossa palavra!).
Nós os marcianos sabemos perfeitamente que o objectivo é conquistar Marte. Mas antes têm de perceber que Marte não é um planeta fácil para viver. Porque pensam que somos todos verdes? Verdes lá, claro, porque aqui sou normal, normal tirando as antenas.
É bem mais pequeno que a Terra, tem apenas 0,7% da atmosfera terrestre, tem constantes tremores de terra e para não falar na escassez de água.
Ao longo de milénios temos aprendido a viver com as condições do planeta e principalmente com os escassos recursos naturais que dispomos e isso ensinou-nos a pensar primeiro na comunidade e depois em nós como individuo uno.
É verdade. É mesmo assim que os marcianos pensam.
Conseguem ver os terráqueos a fazer o mesmo? Não? Pois não... Não conseguem.
É por isso que a nossa sociedade é tão diferente da sociedade terráquea.
O respeito pelo outro é igual ou superior ao respeito por nós próprios.
E isso origina um retorno: o equilíbrio.
Um dos nossos maiores tesouros é a água. Temo-la escondida e bem protegida.
Aqui na Terra desperdiçam, estragam e pensam que é eterna. Mas não é.
Apesar do planeta existir há milhões de anos, o Homem estragou mais num século do que em toda a sua existência como criatura pensante.
Faz-nos reflectir, certo?
Faz-nos questionar de como estará a Terra daqui a mais... cem anos.
(a olhar para as antenas) Xi! Até as antenas tremeram!
Aterrorizados?
Eu estou. E nem sou de cá...
Sentada na minha nave pousada na Lua, ou mesmo a pairar imóvel no espaço, sou inundada pela tristeza ao não entender porque fazem isto à Terra. Pergunto-me vezes sem conta porque será que os humanos são assim. Será que não percebem que estão a prejudicar-se a eles mesmos?
A luz e cor do vosso planeta é inacreditável, hipnotizante, indescritível, arrepiante e única.
Não se consegue deixar de olhar.
Cativa, seduz e conquista.
Mas não se esqueçam que afinal não passa de um calhau flutuante a girar à volta de uma estrela.
Frágil.
Indefeso.
Solitário.
Os seus habitantes não têm hipóteses de saltar para outro lugar.
É impressionante a desordem e negligência.
Vocês não são os donos do universo.
São apenas um grão num deserto rico chamado Cosmos.
Um minúsculo grão.
Meus amores, ailalô!
O 3º calhau a contar do sol (tirei este nome de uma série da TV baseada nuns conhecidos meus de uma outra galáxia mas isso não interessa nada para o assunto) é absolutamente deslumbrante, único de todos os planetas que conheço.
É meu hábito parar na Lua para ficar a admirar este vosso belo planeta.
E é nessas ocasiões que interrogo porque será que os seus habitantes o destroem dia após dia como se ele fosse inesgotável.
Sim, leram bem: eu disse d e s t r o e m.
O sentido de posse e egoísmo latente nos terráqueos origina uma corrida a tudo que dê poder ou ostentação e o resultado é a exploração desmedida dos recursos naturais sem respeito ao presente e muito menos ao futuro.
"Não é comigo" dizem, "Não é problema meu!" exclamam, "Isso é um exagero" inventam, "Vou fazer e isto não muda nada" resmungam, "Isto vai melhorar" pensam...
Mas nada disto é verdade.
É tudo convosco, é problema vosso, não é exagero, fazer muda sim e isto não vai melhorar.
Nas várias etapas da dita evolução humana (eu não vejo grande evolução, e tenho aqui as antenas a concordarem), os terráqueos esqueceram-se de um pormenor muito importante: não têm para onde ir quando a Terra se tornar inabitável.
Estão presos neste planeta.
P r e s o s.
A tecnologia que dominam ainda não é suficientemente poderosa para o transporte de populações pelo espaço e muito menos para a sua manutenção. Há que pensar no combustível, na alimentação, no ambiente interior e exterior, na saúde e na higiene.
Já alguém reparou que no espaço, na ausência da gravidade, não se consegue tomar banho?
Aahhh mas há Marte, dizem os cientistas e visionários (adorooooo esta vossa palavra!).
Nós os marcianos sabemos perfeitamente que o objectivo é conquistar Marte. Mas antes têm de perceber que Marte não é um planeta fácil para viver. Porque pensam que somos todos verdes? Verdes lá, claro, porque aqui sou normal, normal tirando as antenas.
É bem mais pequeno que a Terra, tem apenas 0,7% da atmosfera terrestre, tem constantes tremores de terra e para não falar na escassez de água.
Ao longo de milénios temos aprendido a viver com as condições do planeta e principalmente com os escassos recursos naturais que dispomos e isso ensinou-nos a pensar primeiro na comunidade e depois em nós como individuo uno.
É verdade. É mesmo assim que os marcianos pensam.
Conseguem ver os terráqueos a fazer o mesmo? Não? Pois não... Não conseguem.
É por isso que a nossa sociedade é tão diferente da sociedade terráquea.
O respeito pelo outro é igual ou superior ao respeito por nós próprios.
E isso origina um retorno: o equilíbrio.
Um dos nossos maiores tesouros é a água. Temo-la escondida e bem protegida.
Aqui na Terra desperdiçam, estragam e pensam que é eterna. Mas não é.
Apesar do planeta existir há milhões de anos, o Homem estragou mais num século do que em toda a sua existência como criatura pensante.
Faz-nos reflectir, certo?
Faz-nos questionar de como estará a Terra daqui a mais... cem anos.
(a olhar para as antenas) Xi! Até as antenas tremeram!
Aterrorizados?
Eu estou. E nem sou de cá...
Sentada na minha nave pousada na Lua, ou mesmo a pairar imóvel no espaço, sou inundada pela tristeza ao não entender porque fazem isto à Terra. Pergunto-me vezes sem conta porque será que os humanos são assim. Será que não percebem que estão a prejudicar-se a eles mesmos?
A luz e cor do vosso planeta é inacreditável, hipnotizante, indescritível, arrepiante e única.
Não se consegue deixar de olhar.
Cativa, seduz e conquista.
Mas não se esqueçam que afinal não passa de um calhau flutuante a girar à volta de uma estrela.
Frágil.
Indefeso.
Solitário.
Os seus habitantes não têm hipóteses de saltar para outro lugar.
É impressionante a desordem e negligência.
Vocês não são os donos do universo.
São apenas um grão num deserto rico chamado Cosmos.
Um minúsculo grão.
Meus amores, ailalô!
Ah, este 3º. calhau vai tornar-se leitura obrigatória para mim, enquanto me der ao trabalho de respirar.
ResponderEliminarBelíssimo grito de alerta.
:-) 'brigada pelas suas palavras
ResponderEliminarComeço por lhe dizer que esta sua crónica é, vindo de Marciana, bastante decifrável. Li-a com prazer e avidez e apreciei muito a inteligência e sobretudo a agudeza "cínica" e metafórica que reflecte. Sublinho a referência ao nosso principal e essencial recurso, talvez o mais negligenciado, como também refere, a ÁGUA. Aprovo os seus sentimentos e a forma como satiriza as enfermidades e desvarios desta nossa estúpida civilização que ainda consegue sobreviver neste "calhau flutuante".
ResponderEliminarJá tem dois assinantes, um Maragitado e um Marsublevado.
Um abraço.
JRoqueMelo
ailalô!
ResponderEliminarés uma exagerada, marciana, eu que sou terraquea ruiva e sem antenas diria que não vale a pena fazer nada porque se eu fizer e mais ninguém faz, de nada adianta o meu esforço e depois há aqueles que cantam e propagam que o mundo pula e avança e falam de sonhos e eu penso lá estão eles a serem como a outra das antenas, que já em pequena brincava com os planetas - diz ela, como se eu acreditasse. as pessoas a sério, têm os pés no chão, trabalham muitas horas e dão muitas consolas aos filhos para os consolar, lógico!, se nunca pensaram, que pensem para que deram esse nome aos video jogos. e agora vou-me embora que preciso trabalhar e não de viajar na maionese como a marciana. tenham um bom dia.
ainda bem que eu não sou essa ruiva.
ailalô!
Ainda que um grãozinho, se cada um fizer a sua parte, talvez ainda possamos salvar o universo que é de todos, o '3o' e 'azul' calhau composto da areia brilhante que somos! ;) obrigada Isa! É muito importante não esquecer que o devemos fazer. Ou, como alguém disse: A nossa CASA deixará de nos albergar, irá com ela toda a beleza...
ResponderEliminarJRoque, os seres humanos fascinam-me precisamente pela capacidade de adaptação ;-)
ResponderEliminarAna, ai ruiva para cá e para lá que até ontem pensaram que eu era francesa!! lolololollololol
Amdreia, gostei da última frase ;)
'brigada aos 3 pelas vossas palavras :-)
I'm pretty sure I'm connected to Mars :-)
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