Acredito em milagres daqueles que não sei sonhar,
daqueles que mal sei pronunciar,
dos que vendem amores e desamores
daqueles que me fazem navegar na ilha de pecadores.
Capitão que vais ao leme seguro
baixa teu olhar para as águas onde figuro.
Encontra-me na espera do teu rumo
no mar em que sempre me arrumo.
Leva-me na vela do teu barco tenaz
como vento que jura e sempre faz,
firme e forte como essas mãos que tanto me agarram,
que tanto me seguram, que tanto me devoram.
Capitão que levas o navio no peito do sabor
perdoa-me se me esvaio em intimo tremor.
Tapaste-me os olhos com beijo tranquilo e obstinado
e só te sinto quando és caminho amado.
Resgata-me dos mares de mágoa gelados
e cobre-me com sorrisos abençoados,
alimenta-me o prazer esquecido e perdido
em tempestades de destino bandido.
Capitão, qual é a razão do espinho no teu olhar,
é marca, é sangue que alguém te fez gritar.
Estendo cativante meu ventre, senhor,
para que possas navegar por entre a minha dor.
Em terra por fim chegamos exaustos
de trovões e chuvas de mares gastos.
É no sossego da praia que repousas enfim
no pedaço seco e mais puro de mim.
daqueles que mal sei pronunciar,
dos que vendem amores e desamores
daqueles que me fazem navegar na ilha de pecadores.
Capitão que vais ao leme seguro
baixa teu olhar para as águas onde figuro.
Encontra-me na espera do teu rumo
no mar em que sempre me arrumo.
Leva-me na vela do teu barco tenaz
como vento que jura e sempre faz,
firme e forte como essas mãos que tanto me agarram,
que tanto me seguram, que tanto me devoram.
Capitão que levas o navio no peito do sabor
perdoa-me se me esvaio em intimo tremor.
Tapaste-me os olhos com beijo tranquilo e obstinado
e só te sinto quando és caminho amado.
Resgata-me dos mares de mágoa gelados
e cobre-me com sorrisos abençoados,
alimenta-me o prazer esquecido e perdido
em tempestades de destino bandido.
Capitão, qual é a razão do espinho no teu olhar,
é marca, é sangue que alguém te fez gritar.
Estendo cativante meu ventre, senhor,
para que possas navegar por entre a minha dor.
Em terra por fim chegamos exaustos
de trovões e chuvas de mares gastos.
É no sossego da praia que repousas enfim
no pedaço seco e mais puro de mim.
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(Feliz aniversário, Capitão ;-)
Não tenho a veleidade de comentar e muito menos de classificar este belo, ardente e apaixonado poema, mas poderei transmitir como o senti. O poeta sugere e suscita.
ResponderEliminarA Isa tem a fortuna de, com os seus versos, poder subir na vela de um barco tenaz e daí ler o céu e o mar, manter o leme na identificação de ideias, sonhos, necessidades, paixões, escutar ecos na sua solidão, extrair a sentença da sua irremediável rota de amores e desamores.
E, porque se trata de sonhar:
Depois de um sonho inquieto e longo
Não tenha um memória amarga
Quando despertar.
Fiquei sem palavras perante tal comentário. Resta-me agradecer com uma simples mas profunda vénia :-)
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