De perder alguém,
porque não tentamos ficar com ela?
De falar a verdade,
porque não podemos ser sinceros?
De contar o que sentimos,
porque não queremos a rejeição?
De sofrer a dor,
porque não há remédio para a combater?
De arriscar,
porque temos dúvidas?
De criar conflitos,
porque nos obrigam a tomar decisões?
De morrer,
porque só sabemos viver?
De perder uma parte de nós,
porque não sabemos nos adaptar?
De viver a vida,
porque ela nos dá tudo e nada?
De nos abrirmos,
porque nos tornamos frágeis?
Da maldade,
porque sabemos que o bem demora a actuar?
Da solidão,
porque não conseguimos aguentar o frio do silêncio?
Do silêncio,
porque é a ausência de mundos?
De chorar,
porque não queremos mostrar emoções?
De escrever,
porque revelamos o nosso intimo?
De não saber quem somos,
porque não nos queremos conhecer?
De que tenho medo?
De ter medo.
Porque se perde tanto com os medos.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
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Não é à toa que se diz, como no anúncio do leite: "Se seu não gostar de mim, quem gostará?" Do ponto de vista das vivências, é bem verdade... Na vida, o medo cumpre o seu papel primordial de nos alertar e defender, faz falta, não poderíamos resistir sem ele, esta emoção vantajosa. No entanto, há momentos em que esta mesma emoção fantástica nos faz não viver... quando passa do limite do razoável e nos faz subir os ombros de tensão... Momentos em que ficamos reféns de si, do sentimento de não conseguir... É também verdade Isa, concordo e agradeço o teu poema, que muitas vezes não sabemos gostar o suficiente de nós a ponto de arriscar... É acima de tudo por isso que temos medo, tanto medo.
ResponderEliminarBeijinho
Deixo aqui um link de um vídeo que me parece crucial no entendimento da raíz dos nossos medos, porém o apelo a que os deixemos de lado, porque na maioria, são inúteis:
http://www.youtube.com/watch?v=xfq_A8nXMsQ
Não nos esqueçamos: Somos todos livres de optar, de usar Protector Solar!!
Que os medos me sejam leves
ResponderEliminarE esvoacem longe
Quais penas soltas
Que os pássaros já não voam
E não me poisem o horizonte!
De que? Perguntas bem, Isa.
Manuel, há medos leves. esses são aqueles que mais facilmente combatemos :-)
ResponderEliminarAndreia, somos todos livres de optar. O que nos leva a optar, a força para optar... é que é faz a diferença :-)
Os medos fazem o mundo andar, disse um dia Louise Bourgeois, uma artista plástica francesa.
ResponderEliminarPenso que, na medida certa, sim, andamos movidos pelo medo. Mas, às vezes, podemos nos paralizar.
E isto é cruel!
É para refletir...
Beijinhos, Isa.
Conhecer os medos de outros e comparar com os nossos leva-me a pensar que era tão bom podermos trocar de medos para assim não haver medos ;-)
ResponderEliminarOs medos param-me no tempo.
ResponderEliminarMedo dos medos.
Porquê?
Ontem fui força.
Hoje procuro força.
A razão tem razão.
Os medos são ilusão.
A razão vencerá..... um dia.
"nada acontece por acaso"