Não posso negar que me deixaste sozinha neste lugar.
No meio do nada.
No meio de tudo.
E é quanto te vejo aproximar.
Devagar e decidido, aproximas-te.
Estupefacta não consigo sair de onde me prendeste.
E então percebo quem tu és.
O Amor ronda-me.
Ronda-me e observa-me como uma peça em bruto.
A decidir o que fazer comigo, que destino me dar.
E eu não posso mexer-me.
E eu não posso responder.
O Amor ronda-me.
E eu...
desconfio, confio...
questiono, respondo...
anseio, acalmo...
resmungo, elogio.
Passa pelos meus ouvidos e sussurra-me.
Indica-me o que quero saber, o que tenho de saber.
Mas eu não oiço.
O Amor ronda-me e sabe bem que eu não sei o que sussurrou.
Afasta-se e numa bruma tal como apareceu, desaparece.
E eu fico assim,
vazia, cheia...
pensativa, sábia...
mas, principalmente
e
unicamente
à tua espera,
à espera do nome com que o Amor me rondou.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
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