A melodia começa e aproximo-me de ti, passo a passo.
Agarras-me contra ti e desces a mão até à minha perna levantando-a.
Colo-me a ti sem forças para me afastar.
O tango começa e dançamos.
Atiras-me para o chão e depois agarro-me à tua perna. Puxas-me para cima e rodas e rodas e não me largas.
Inclinas-me para trás e passas com a mão com paixão pelo meu peito.
E sinto a primeira gota.
Cai... arrepiando-me.
Olhamos para o céu e dele recebemos uma chuva de gotas que nos abraçam e aumentam o calor ardente.
Olhamos, olhos nos olhos, viras-me de costas e avanças ao ritmo das nossas pernas quase coladas.
Deixas-me rodopiar e sem largar o teu olhar, aproximo-me agarrando-me ao teu rosto e levantando a perna acariciando-te a anca.
Tocas nela com malícia e deixas escorregar a mão na pele molhada.
Encharcados pela chuva que cai, não deixamos de dançar o nosso tango.
Rodopiamos, esticamos os braços, roçamos as mãos e corpos e esquecemos por momentos a melodia ritmada.
Os lábios quase que se tocam mas não o fazem para não estragarem a magia da dança provocante.
Afastamo-nos e limpamos as gotas do rosto e enquanto passo com as mãos pelos cabelos agarras-me de novo e soltamos gemidos pelo frenesim final da melodia.
De corações juntos, olhamo-nos quando aquele tango à chuva termina.
A respiração não deixa dúvidas...
com aquelas gotas e música... fizemos amor, ali.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
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