segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Hoje escrevi uma carta

Escrevi uma carta especial. Daquelas que não se mandam por correio mas que chegam ao destino.
Fiquei sossegada a ouvir o que o coração me contava.
E eu escrevi.
Usei palavras com letras desenhadas uma a uma como se fossem as primeiras a nascer.
Parei um pouco com o silêncio.
E tornei a ouvir a voz do coração.
Tranquilo, sofredor mas forte e cheio de esperança, lá continuava a ditar-me o que lhe fazia bater todos os dias.
Hoje, mal consigo seguir o seu ritmo de tão nostálgico que está.
'Calma!', pedi, 'Dita-me mais devagar senão perco palavras e não quero!'.
A folha transparente já estava quase no fim e as letras continuavam a cair como gotas de chuva num dia terrível de inverno.
De repente, o coração acalmou, finalizou o recado e voltou à sua vida de sempre.

Fechei o envelope e dei à Saudade para te entregar pessoalmente esta carta que não se vê mas que se sente.

1 comentário:

  1. Hoje escrevi uma carta...
    A carta que escreveste não é um jardim de letras, que nascem ao sabor do momento...
    A carta que escreveste tem destino sem destinatario impresso, pois a carta que escreveste tem na tua alma o pergaminho e no teu coração a tinta que te corre nas veias.
    Entregaste o envelope á saudade porque sabes que esta é a filha do amor e só ela sabe qual o coração que saberá ler o que te vai na alma, simplesmente ,a carta só pode ser lida por apenas 2 corações sincronizados pelo sentimento que geraram a saudade.

    jumpsun

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