Não
consigo esperar mais.
Não
a consigo segurar.
É
mais forte que a minha razão.
Segues
o seu movimento com os teus olhos gulosos.
Reparas
na dança que faço no ar.
Mexo
a mão devagar.
Muito
devagar.
Imagino
tocar-te.
Aproximas-te
lentamente sem deixar de seguir a ponta dos meus dedos.
Travas
o seu movimento quando te toco no rosto.
Olhamos.
Olhamo-nos.
Trocamos
desafios com o olhar.
Deixo
descair a mão pela tua pele.
Recomeço
a dança dos dedos junto do teu peito.
Nu.
Despido.
Desprovido.
O
teu peito espera por mim.
São
as costas da mão que te tocam em primeiro lugar.
Sinto
o calor.
Cravas
o teu olhar conquistador nos meus olhos piedosos.
Viro
a mão e danço os dedos pela tua pele na breve escuridão da luz.
Estou
colada em ti.
Estou
misturada em ti.
Subo.
Subo
a dança dos dedos e toco-te nos lábios.
Cerrados.
Fechados.
Proibidos.
Recebem
o ritual de uma mão perdida.
Impedida,
demoro os dedos nos lábios que cobiço.
Prendes-me.
Levantas
a tua mão e aprisionas a minha.
Agora,
és tu quem dança em mim.
Segue
a minha mão, dizes...
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