sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Onde te posso encontrar?


Por mais que me sossegue não acalmo...
perdida na vontade de subir, subir até rebentar.
O único caminho é subir, subir até te encontrar.
Onde andas perdição minha?
Onde andas a procurar-me?
Por mais que me purgues,
por mais que me limpe,
não consigo tirar-te debaixo da minha pele.
Como posso obrigar o destino a dar-te?
Como posso obrigar o tempo a dar-me como nunca me dei?
És vidro que cuido em cada visão.
Deitaste comigo no parar do desejo comum.
No escuro da noite eu dou-me a ti sem me perder.
Na luz do luar, abandonas o medo que te exalta.
Lutamos, caprichamos e enterramos os nossos medos num instante só nosso.
Onde me posso entregar definitivamente?
Não somos banais.
Não conseguimos viver afastados...
Onde estamos afinal?
Onde medimos o amor na nossa servidão de dependências?
Parei de medir o que já ultrapassou a loucura.
Tu e eu.
Eu e tu.
Medidas perdidas e reencontradas e que continuam a voar,
num céu de danças de esquinas de encontros intensos.
Lançamos fogo na água que nos abençoa,
criando asas no voar de um amor que só cresce,
como as carícias que nos unem.
Serás sempre o meu amanhecer no entardecer da minha vida.


Sem comentários:

Enviar um comentário