Despedaço-me na cama
onde roubo as tuas saudades,
jazo imune à vida e vivo a dor da ausência.
Deixo-me consumir pelo amor que não posso dar-te,
traio a razão fechando-a no silêncio.
Cura-nos, meu amor, porque ardo em febre.
Dormito no lençol do meu pesadelo,
cravado de sonhos de esperança,
e grito com o corpo a revolta sentida.
Pendo a mão que segura o coração,
no precipício do leito que um dia foi teu.
Salva-nos, meu amor, porque estou exausta de lutar.
Choro lágrimas de alma negra,
porque as de água de pele desenhada,
já não as consigo criar.
É no infinito que quero repousar,
no sitio onde guardas quem tu és.
Escuta-nos, meu amor, porque vejo-me surda de promessas.
Tomo-me nos braços e só te encontro perdido,
no salto final de liberdade do ninho que nunca achaste teu.
Agarras-te ao meu choro,
seguras-te sequioso aos meus beijos,
para no meu medo fazeres o teu lar.
Respira-nos, meu amor, porque estou estéril de vida.
Encerro-me na tua doença,
aquela que poucos sentem e muitos julgam sofrer.
Alimento-me de palavras
enquanto me purgo do que foste
e do que eu me julguei ser.
Limpa-nos, meu amor, porque estou ferida do que perdemos.
Toco-me para te sentir,
e tu, no leito estranho,
consomes-te do turbilhão do vazio.
Errantes, doentes, ausentes, unimo-nos na mesma cura.
Resgata-nos, meu amor, porque estamos à deriva neste céu de vontades.
onde roubo as tuas saudades,
jazo imune à vida e vivo a dor da ausência.
Deixo-me consumir pelo amor que não posso dar-te,
traio a razão fechando-a no silêncio.
Cura-nos, meu amor, porque ardo em febre.
Dormito no lençol do meu pesadelo,
cravado de sonhos de esperança,
e grito com o corpo a revolta sentida.
Pendo a mão que segura o coração,
no precipício do leito que um dia foi teu.
Salva-nos, meu amor, porque estou exausta de lutar.
Choro lágrimas de alma negra,
porque as de água de pele desenhada,
já não as consigo criar.
É no infinito que quero repousar,
no sitio onde guardas quem tu és.
Escuta-nos, meu amor, porque vejo-me surda de promessas.
Tomo-me nos braços e só te encontro perdido,
no salto final de liberdade do ninho que nunca achaste teu.
Agarras-te ao meu choro,
seguras-te sequioso aos meus beijos,
para no meu medo fazeres o teu lar.
Respira-nos, meu amor, porque estou estéril de vida.
Encerro-me na tua doença,
aquela que poucos sentem e muitos julgam sofrer.
Alimento-me de palavras
enquanto me purgo do que foste
e do que eu me julguei ser.
Limpa-nos, meu amor, porque estou ferida do que perdemos.
Toco-me para te sentir,
e tu, no leito estranho,
consomes-te do turbilhão do vazio.
Errantes, doentes, ausentes, unimo-nos na mesma cura.
Resgata-nos, meu amor, porque estamos à deriva neste céu de vontades.
Gosto, um poema na estrutura dos mais maduros que escreveu, há uma revolta sempre latente do primeiro ao último verso e desagua na esperança.
ResponderEliminarA história e o grito estão lá.
Boa sorte...
Muito bem Luis :-) é mesmo tudo isso...
ResponderEliminarGosto, gosto, gosto e pronto !
ResponderEliminarP.s. Não sei qual ilustração o ilustra melhor. Provavelmente esta cama, apenas cama.
A nova ilustração tem um propósito que em breve saberão ;-)
ResponderEliminar