sábado, 5 de fevereiro de 2011

Estão difíceis

Estão difíceis de sair as palavras que te quero dizer,
talvez,
porque já as desperdicei
e não as guardei,
para ti.
Arranca de mim
o que é teu
depressa
antes que morra nos teus braços,
aqueles que sempre foram meus
e que nunca soubemos,
e sempre soubemos,
por mais caminhos separados
que tenhamos feito.
Encontramo-nos de novo,
porque nunca estivemos longe.
O laço
nunca se desfez,
e só se apertou,
levando-me de novo
para junto de quem me lê
a alma,
o corpo,
os desejos.
Estão difíceis.
Estão difíceis mais dias sem ti.

2 comentários:

  1. Seu blog me deixou um tanto curiosa, ele parece estar envolto num mistério, como esse poema.
    Esse vai e vem de palavras num laço que não se desfaz, só aperta.
    Saudações Literárias

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  2. Olá Daniele :-) Todos nós temos sempre um pouco de mistério.
    Mas quem me conhece bem sabe que não se trata de mistério.
    Mas os poetas alimentam-se de mistério, sonhos, dramas e amores :-)
    'brigada pelas tuas palavras!

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