sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Tenho receio das peças que já não encaixam...

Partiste-me,
Colaste-me,
Escondeste-me,
Mostraste-me,
Limpaste-me,
Quebraste-me,
e, agora,
queres que as peças encaixem.
Mas eu não as consigo encaixar.
Desespero nas tentativas,
sorrio na esperança,
choro na ilusão,
capricho nos encaixes,
forço a junção,
mas elas já não encaixam.
Preciso ser salva.
O que faço com os buracos que me deixaste?
Não os consigo tapar nem com a mais forte das minhas crenças,
nem com as linhas tecidas dos meus desejos.
Se me encontrares,
Se... me encontrares...
deita fora os pedaços de mim,
porque não te quero a ver-me assim...
em peças que já não encaixam.

8 comentários:

  1. porra...isto é pior que facadas... muito bom menina IS
    Rolando Furioso

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  2. Agradecida pelas tuas palavras :-) Vou fazer um esforço e continuar a escrever assim estas coisas ;-)

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  3. Tentaram transformar em quebra-cabeça o que é teu coração. Como pode alguem ousar exercitar tal contradição? Se a cabeça só guarda o medo e a razão e o coração o amor e a paixão? Tentativa em vão. Estás inteira, plena de emoção. Não precisas se encaixar em ilusão. O futuro será bom.

    @monicacompoesia

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  4. São mesmo cacos e não quebra cabeças. Daí a complexidade de reunião pq se perdem pedaços tão pequenos mas fundamentais ;-)
    O futuro é uma incognita terrivel que nos assola o presente ;-) 'Brigada pelas tuas palavras Monica!

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  5. Me perdoe a honestidade mas pra mim ficou na beleza do incompreendido. hehe
    parabéns pelo seu blog!

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  6. Maravilhoso poema!

    Perfeito para o dia de hoje...

    Beijos, parabéns pelo seu talento!

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  7. 'brigada pelas tuas palavras Tatiana :-) beijokas!

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  8. 'brigada pela visita e palavras Zepelin :-)

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