Entrei no carro e comecei a olhar em volta.
O que faço eu aqui?, perguntei-me.
Pura e simplesmente não sei o que me apetece fazer ou sequer para onde ir.
Levanto o olhar para o horizonte e olho para o espelho retrovisor.
Não gosto do que vejo lá atrás.
Quero fugir mas não sei como o fazer.
Eu não sei guiar.
Passo com as mãos pelos caracóis do cabelo revolto e olho em volta de novo.
Desesperada por sair dali, suspiro e coloco as mãos no volante.
Sem saber como, as minhas mãos começam a trabalhar e o carro arranca.
Num impulso, meio a medo, abro os olhos e deixo-me ir.
E a viagem começa.
Não sei para onde vou.
Começo a sentir uma crescente sensação de satisfação.
Passam por mim outros carros, motas e camiões e quem os conduz olha-me como se fosse algo anormal.
Não ligo.
Não consigo ficar invisível. De nada me vale questionar o facto de olharem assim para mim.
Saio da cidade e percorro caminhos de natureza.
O meu coração acelera quando começo a ver o mar.
Acompanho-o ao longo da costa e de repente a parte de cima do carro desaparece e eu sinto um bafo inebriante de cheiros que me enchem de arrepios que não desejo parar.
As rosetas do meu rosto saltam felizes num colorir que se transfere para os lábios criando um belo sorriso como há muito não sorria.
Sinto-me livre apesar de ainda estar presa.
Continuo o meu caminho e reparo que regresso à cidade, a casa.
As pessoas continuam a olhar-me daquele modo estranho.
Não entendo porquê.
Parada à porta de casa, ainda com o sorriso nos lábios, finalmente percebo.
O meu motor foi os meus pés.
O que faço eu aqui?, perguntei-me.
Pura e simplesmente não sei o que me apetece fazer ou sequer para onde ir.
Levanto o olhar para o horizonte e olho para o espelho retrovisor.
Não gosto do que vejo lá atrás.
Quero fugir mas não sei como o fazer.
Eu não sei guiar.
Passo com as mãos pelos caracóis do cabelo revolto e olho em volta de novo.
Desesperada por sair dali, suspiro e coloco as mãos no volante.
Sem saber como, as minhas mãos começam a trabalhar e o carro arranca.
Num impulso, meio a medo, abro os olhos e deixo-me ir.
E a viagem começa.
Não sei para onde vou.
Começo a sentir uma crescente sensação de satisfação.
Passam por mim outros carros, motas e camiões e quem os conduz olha-me como se fosse algo anormal.
Não ligo.
Não consigo ficar invisível. De nada me vale questionar o facto de olharem assim para mim.
Saio da cidade e percorro caminhos de natureza.
O meu coração acelera quando começo a ver o mar.
Acompanho-o ao longo da costa e de repente a parte de cima do carro desaparece e eu sinto um bafo inebriante de cheiros que me enchem de arrepios que não desejo parar.
As rosetas do meu rosto saltam felizes num colorir que se transfere para os lábios criando um belo sorriso como há muito não sorria.
Sinto-me livre apesar de ainda estar presa.
Continuo o meu caminho e reparo que regresso à cidade, a casa.
As pessoas continuam a olhar-me daquele modo estranho.
Não entendo porquê.
Parada à porta de casa, ainda com o sorriso nos lábios, finalmente percebo.
O meu motor foi os meus pés.
Gostei, mas confesso que no final, pensei que toda a gente olhava para ti porque tu estavas a fazer o barulho do motor do carro, com a tua voz :)
ResponderEliminar:-))))))) ai só tu! :-)))))))
ResponderEliminarAi o retrovisor!
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