Lá bem ao longe vi o céu ficar perigosamente negro. A viajar numa barca de casco forte mas vulnerável, senti o coração apertado com o que se aproximava. Enfrentar uma tempestade não estava nos meus planos. Pelo menos a tão breve prazo... Ainda mal refeita da última, concertava pedaços arrancados da minha fiel barca.
Mas não podia escapar.
O terrível silêncio que o mar fazia, levava-me a temer o que se aproximava, deixava-me cruelmente frágil.
Os ventos começam a rolar os meus cabelos implorando pela minha atenção.
Agarro-me à vela e recolho-a. Ela não pode sofrer dados.
As ondas fustigam-me e desejam que salte para o mar mas eu não quero, eu não posso, eu não devo. Tenho de seguir o meu rumo.
Sinto a arrancarem-me pedaços da roupa, puxarem-me os cabelos e a pele,
mas eu não cedo.
As nuvens negras derramam gotas que me queimam e limpam,
mas eu não cedo.
A água do mar marca-me com o sal e a dureza,
mas eu não cedo.
A minha barca rodopia no ar fazendo parte daquela tempestade que me leva para destino incerto...
E de repente, tudo começa a amainar.
As nuvens partem para outros lugares deixando-me molhada, desarrumada, exausta, desanimada, confusa, sem vontade para me erguer de novo.
Sinto um raio de sol no meu rosto e levanto-me devagar.
Apercebo-me que estou imóvel, presa sobre um banco de areia.
Olhei em volta e vi um porto no horizonte, ténue, mas é um porto e estou aqui, presa, nesta areia e não sei como sair dali.
Esgotada, deixo-me cair e choro.
As gotas deslizam pela madeira e tocam na areia.
Esta vai desaparecendo à medida que as lágrimas a tocam...
Acabo por adormecer.
Sonho mas não me lembro dos sonhos.
Acordo com um estranho conforto.
Olho em volta e reparo que estou nos teus braços.
Agora sei que não temerei mal algum.
Há desastres que nos levam para lugares de sonho.
Mas não podia escapar.
O terrível silêncio que o mar fazia, levava-me a temer o que se aproximava, deixava-me cruelmente frágil.
Os ventos começam a rolar os meus cabelos implorando pela minha atenção.
Agarro-me à vela e recolho-a. Ela não pode sofrer dados.
As ondas fustigam-me e desejam que salte para o mar mas eu não quero, eu não posso, eu não devo. Tenho de seguir o meu rumo.
Sinto a arrancarem-me pedaços da roupa, puxarem-me os cabelos e a pele,
mas eu não cedo.
As nuvens negras derramam gotas que me queimam e limpam,
mas eu não cedo.
A água do mar marca-me com o sal e a dureza,
mas eu não cedo.
A minha barca rodopia no ar fazendo parte daquela tempestade que me leva para destino incerto...
E de repente, tudo começa a amainar.
As nuvens partem para outros lugares deixando-me molhada, desarrumada, exausta, desanimada, confusa, sem vontade para me erguer de novo.
Sinto um raio de sol no meu rosto e levanto-me devagar.
Apercebo-me que estou imóvel, presa sobre um banco de areia.
Olhei em volta e vi um porto no horizonte, ténue, mas é um porto e estou aqui, presa, nesta areia e não sei como sair dali.
Esgotada, deixo-me cair e choro.
As gotas deslizam pela madeira e tocam na areia.
Esta vai desaparecendo à medida que as lágrimas a tocam...
Acabo por adormecer.
Sonho mas não me lembro dos sonhos.
Acordo com um estranho conforto.
Olho em volta e reparo que estou nos teus braços.
Agora sei que não temerei mal algum.
Há desastres que nos levam para lugares de sonho.
(resposta a um desafio pedido com a frase Navegar entre tempestades e bancos de areia)
Adoro navegar por estas águas... mas que belo texto... sublime... adorei imenso...
ResponderEliminarOlha onde se pode apanhar o barco? :-) ehheheheh
Bjssssssssssssssss
O barco? lolololol Cada um tem o seu barco. Podem é dois barcos navegarem lado a lado até chegarem a terra firme.
ResponderEliminarCada um navega com a sua barca...
beijokas Nuno. Bem hajas pela tua simpatia :-)