quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Tenho fome

Tenho fome da tua voz,
que me quebra o silêncio do meu corpo.
Tenho fome das tuas cores,
que me dão cor aos meus beijos.
Tenho fome da tua gargalhada,
que me veste de alegria.
Tenho fome do teu olhar,
que me despe como eu gosto.
Tenho fome do teu silêncio,
que conta tanta coisa.
Tenho fome do cheiro da tua pele,
que me faz estremecer quando me tocas.
Tenho fome de te sentir em cada passo que dou descalça pela casa.
Estou faminta do ar que me rodeia por me trazer cheiros de prazer.
Estou faminta para viver os dias um de cada vez.
Estou faminta de beber a água das tuas lágrimas porque assim consigo pará-las.
Estou faminta por me deitar no chão sem nada sobre mim e em nada pensar a não ser no dia que vai nascer.
Tenho fome de vida.
Tenho fome de ti.
Tenho fome de mim.

Simples palavras inspiradas num poema de Pablo Neruda, in Cem Sonetos de Amor.

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